Sacolas plásticas: responsabilidade ambiental ou terceirização de custos?
Por Fabrício Pessato Ferreira No dia 26 de janeiro, as sacolas plásticas deixaram de serem distribuídas gratuitamente nos supermercados. Um acordo celebrado – no duplo sentido – entre a Associação Paulista de Supermercados (APAS) e o Governo do Estado de São Paulo. Apesar do discurso em prol do meio ambiente e sustentabilidade, algumas questões ficaram de fora do debate, imagina-se, deliberadamente. Em primeiro lugar, o discurso de que as sacolas plásticas eram apenas depositadas no lixo é controverso. A maioria dos consumidores as usava como suporte nas lixeiras domésticas em cozinhas e banheiros, e não as atirava diretamente incrementando os resíduos sólidos nos aterros sanitários. Com o fim da distribuição gratuita, os supermercados passarão a ganhar três vezes: (1) deixarão de incorrer no custo de confecção das sacolas que outrora eram distribuídas gratuitamente; (2) aumentarão as vendas de sacos para lixeiras domésticas, que certamente terá peso maior nas compras dos con