Monocultura em questão

Querid@s amig@s,



Apesar de toda a evidência documentada a respeito da destruidora natureza das monoculturas de árvores, o Conselho de Manejo Florestal (FSC) tem continuado certificando-as como “florestas” devidamente manejadas. Como o FSC estará realizando sua assembléia geral de 3-7 de novembro na África do Sul, uma série de organizações de países atingidas pelas plantações certificadas pelo FSC têm decidido divulgar uma carta aberta aos membros do FSC e receber o maior número de adesões possível. Se você quiser apoiar a luta das comunidades locais contra as plantações de árvores, adira à carta enviando uma mensagem para support@wrm.org.uy incluindo nome, país e organização até o dia 31 de outubro.



Em apoio ao que antecede, o WRM tem preparado um relatório especial sobre a certificação das plantações pelo FSC, disponível em: http://www.wrm.org.uy/actores/FSC/WRM_documento.pdf. Por mais informação sobre a destruidora natureza das plantações visitar a seguinte seção de nossa página web: http://www.wrm.org.uy/actores/FSC/Asamblea.html



Cordiais saudações,

Ricardo Carrere



*******************************



CARTA ABERTA AOS MEMBROS DO FSC



Nós, os abaixo assinados, queremos instar aos membros do Conselho de Manejo Florestal (FSC) a resolver urgentemente o sério problema da certificação FSC das monoculturas de árvores.



Um dos tópicos para discussão na assembléia geral é a Revisão dos Princípios e Critérios do FSC, havendo assim uma oportunidade de modificar esses princípios de tal forma que seja excluída a certificação das plantações de monoculturas de árvores por parte do FSC.



Os membros do FSC- particularmente das câmaras social e ambiental- devem ser conscientizados que a certificação desse tipo de plantação não apenas está minguando a credibilidade do FSC mas- o que é mais importante- está minando as lutas das populações locais contra as plantações.



Essas comunidades estão lutando para proteger as mesmas coisas que os membros do FSC das organizações sociais e ambientais concordaram que deviam ser protegidas quando se uniram ao FSC: diretos e sustento das comunidades indígenas, tradicionais e camponesas; florestas, pradaria e zonas úmidas; água, solo e biodiversidade.



Toda plantação de árvores em larga escala impacta fortemente na maior parte de- e geralmente em tudo- o que foi acima mencionado.Existe agora mais do que suficiente evidência documentada desse impactos em grande número de países, que vão desde a África do Sul y a Suazilândia até o Brasil, Colombia, Chile, Ecuador, Uruguay, Espanha, Irlanda e outros.



A conclusão óbvia deve ser que as monoculturas de árvores em larga escala são incertificáveis.



A pesar disso, uma e outra vez as certificadoras credenciadas pelo FSC têm concedido o selo dessa instituição, sem nada importar que as comunidades locais se opusessem a elas e que o selo FSC fortalecesse ainda mais as poderosas corporações cujas atividades vêm destruindo a Natureza e o sustento das comunidades.



Quatro anos depois de ter-se iniciado a revisão da certificação das plantações por parte do FSC nada mudou. Apesar da abundante documentação que demonstra os negativos impactos sociais e ambientais, atualmente há no mínimo 8,5 milhões de hectares de plantações ainda certificadas, bem como uma superfície desconhecida na casa dos 37,7 milhões de hectares agrupados sob a categoria “plantações mistas & semi-naturais e florestas naturais”, que encobre um grande número de plantações.



Agora chegou a hora de os membros do FSC- particularmente das câmaras social e ambiental- tomarem partido: permitindo que tudo continue na mesma, ou lutando por mudanças; protegendo os interesses das grandes corporações do papel e da madeira ou os direitos das comunidades locais e a Natureza; mantendo a aceitação de as plantações serem um “tipo de floresta” ou admitindo que não há nada de comum entre elas; dar aparência ecológica a um uso mais do que prejudicial da terra ou se opondo à destruição social e ambiental.



Nós apelamos para aqueles membros do FSC que partilham conosco o desejo de proteger as populações locais e a Natureza contra o dano causado pela expansão das plantações de árvores a erguerem suas vozes na próxima assembléia geral e ajudarem a que ocorra a mudança que é necessária.



Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento -CEPEDES Brasil

Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional - FASE Brasil

CENSAT-Amigos de la Tierra Colombia

COECOCEIBA Amigos de la Tierra Costa Rica

Observatorio Latinoamericano de Conflictos Ambientales - OLCA Chile

Acción Ecológica Ecuador

Asociación pola Defensa da Ria - APDR España

Asociación para a Defensa Ecolóxica de Galicia -ADEGA España

Federación Ecoloxista Galega - FEG España

Grupo Guayubira Uruguay

Red de Acción en Plaguicidas RAPAL Uruguay

REDES - Amigos de la Tierra Uruguay

Timberwatch Coalition Sudáfrica

Movimiento Mundial por los Bosques Tropicales

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Oficina de Horta Vertical

North Shopping Fortaleza, Via Sul Shopping, North Shopping Jóquei e North Shopping Maracanaú aderem ao movimento “A hora do planeta” no dia 25 de março.

Fogos de artifício: veterinário do CEUB dá dicas para proteger Pets durante o Réveillon