IPÊ chega à marca de 8 milhões de árvores plantadas para restauração da Mata Atlântica no oeste de São Paulo
O maior corredor florestal restaurado na Mata Atlântica com 2,4 milhões de árvores. Crédito: Laurie Hedges |
O IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas atingiu o marco de 8 milhões de mudas nativas da Mata Atlântica plantadas no Pontal do Paranapanema, extremo Oeste Paulista. A área de plantio abrange, aproximadamente, 4.200 hectares, o equivalente a 4 mil campos de futebol. As árvores estão distribuídas em 17 propriedades privadas, nos municípios de Anhumas, Euclides da Cunha Paulista, Marabá Paulista, Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio, Rosana e Teodoro Sampaio.'
O plantio é resultado do projeto Corredores de Vida, implementado pelo IPÊ inicialmente em 7 municípios, com base no Mapa dos Sonhos, criado há quase 25 anos, que traça conexões entre Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs) de propriedades rurais às duas Unidades de Conservação (UCs) da região: o Parque Estadual Morro de Diabo (PEMD) e Estação Ecológica Mico-Leão-Preto (ESEC MLP), entre outros fragmentos. Do total de 8 milhões de mudas, cerca de 2,4 milhões foram plantadas em um trecho de 12 quilômetros, na fazenda Rosanela, situada ao sul do PEMD. O plantio foi realizado ao longo de mais de duas décadas, e é considerado o maior corredor restaurado do bioma Mata Atlântica. A restauração florestal é executada de maneira integrada com participação social, geração de renda para a comunidade e benefícios para a biodiversidade e clima. Clima, Comunidade e Biodiversidade O projeto Corredores de Vida é baseado no tripé CCB – Clima, Comunidade, Biodiversidade. No quesito Clima, as árvores plantadas neutralizam carbono e gases equivalentes, como o metano. Na esfera da Comunidade, traz geração de emprego e renda. Com base em dados coletados em julho/2024 o projeto emprega diretamente 229 pessoas (56 jovens), divididas em três frentes: equipe técnica do IPÊ, viveiros comunitários e empresas florestais. A viveirista D. Iraci Iraci Lopes Duveza, sócia-proprietária do viveiro Viva Verde e o técnico do IPÊ Nivaldo Ribeiro Campos. Crédito Laurie Hedges Já o aspecto Biodiversidade é estratégico para a conservação da fauna e da flora da Mata Atlântica. As mudas nativas empregadas no projeto são produzidas em 13 viveiros comunitários, com coleta de sementes em diferentes árvores matrizes distribuídas pela região, proporcionando um plantio com maior variabilidade genética. "O projeto Corredores de Vida tem ganhos significativos tanto para o Clima como para Biodiversidade, no Pontal. Porém, envolver a Comunidade ao incentivar o empreendedorismo, por meio da criação de empresas que realizam os plantios e a manutenção dessas áreas, além de viveiros, é o ponto alto do projeto. Hoje, 15 empresas florestais e 13 viveiros comunitários prestam serviço para a cadeia da restauração florestal implementada pelo IPÊ", afirma Laury Cullen Jr., coordenador de projetos do IPÊ. |
Comentários