Plano de Resíduos Sólidos receberá contribuições da sociedade
ENSP, publicada em 02/09/2011
Na quinta-feira (1/9) foi dado mais um passo para cumprir o que prevê o Decreto 7.404, de 2010, que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A consulta pública à primeira versão do Plano Nacional de Resíduos Sólidos foi lançada pela ministra Izabella Teixeira, durante reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente, realizada no auditório do Ibama, em Brasília.O documento preliminar estará disponível no site do Ministério do Meio Ambiente a partir de segunda-feira (5/9), pelo prazo mínimo de 60 dias, contados da data da sua divulgação. Serão realizadas audiências públicas nas cinco regiões brasileiras e em Brasília para debater as diretrizes e metas do Plano. A primeira será este mês, em Mato Grosso do Sul, congregando a região Centro-Oeste.
O objetivo é ampliar a discussão do Plano, mobilizando a sociedade e envolvendo setores específicos de todo o território nacional. O Plano apresenta conceitos e propostas que refletem a interface entre diversos setores da economia, compatibilizando crescimento econômico com desenvolvimento sustentável. O diagnóstico foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e "cumpriu seu papel de oferecer elementos de avaliação, de construção e de monitoramento das políticas públicas brasileiras", enfatizou o presidente da instituição, Márcio Pochmann, que participou do evento no Conama.
Para o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (MMA), Nabil Bonduki, a determinação da lei ambiental de erradicar os lixões em todo o país até 2014 é um desafio. "Mas, olhando o diagnóstico realizado pelo Ipea, podemos ficar mais otimistas", destacou. Segundo ele, entre 2000 e 2008 o Brasil conseguiu melhorar de 38% para 58% o descarte adequado de resíduos sólidos em aterros sanitários: "Isso, sem que houvesse uma Política Nacional de Resíduos Sólidos. Esperamos avançar um pouco mais com a nova lei ambiental", afirmou.
Provocar não só uma mudança nos padrões de consumo, mas na maneira como as pessoas se relacionam com os resíduos sólidos, além de promover a inclusão social, foram os pontos destacados pela ministra Izabella Teixeira. "Com esse investimento maciço em reciclagem promovemos, ainda, a inclusão social dos catadores, com a formação e a construção de cooperativas, qualificando profissionalmente essas pessoas. Eles são os verdadeiros agentes ambientais do dia-a-dia das grandes cidades brasileiras. São eles que recolhem o lixo conjuntamente aos serviços de limpeza urbana", destacou.
Izabella Teixeira acredita que "investir em reciclagem é gerar riqueza, economia, negócios verdes, negócios sustentáveis, fazer a inclusão social, dar cidadania para essas pessoas e trabalhar segundo uma visão mais inovadora de coordenação de gestão pública com a União, que é a grande coordenadora desse processo dos resíduos sólidos nos estados e municípios, onde as soluções devem ser buscadas, com as suas especificidades regionais, estaduais e locais. É um grande desafio com que a sociedade brasileira terá que lidar nos próximos anos", finalizou.
O Plano Nacional de Resíduos Sólidos terá vigência por prazo indeterminado e horizonte de vinte anos, com atualização a cada quatro anos.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente
http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?origem=1&matid=27183
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