Talentos do Brasil: matéria prima da floresta gera renda para artesãs amazonenses
No início eram apenas bordadeiras, que produziam artesanato para vender no próprio município. Mas foi em 2008, quando conheceram o Projeto Talentos do Brasil, que o grupo de mulheres da floresta, artesãs que vivem em Manicoré, no Amazonas, encontrou uma alternativa viável de melhorar o trabalho e a renda. Elas criaram o Grupo Floresta, que reúne cerca de 50 famílias de agricultores da comunidade Terra Preta, situada às margens do Rio Madeira, no distrito de Capananzinho e Capanã Grande, na zona rural de Manicoré (AM).
Toda produção das artesãs é focada no desenvolvimento sustentável, no mercado e na gestão participativa. O Grupo Florestas faz parte de um conjunto de 15 cooperativas singulares que formam a Cooperativa Central Única das Artesãs (Cooperúnica) A junção da experiência das mulheres no trabalho artesanal, a habilidade dos homens que retiram a matéria prima da mata e o apoio do Programa são um grande estímulo para o grupo.
Para a jovem artesã, Regiane Alves, de 27 anos, coordenadora do grupo, o Talentos do Brasil chegou como um estímulo aos agricultores locais para continuarem o trabalho desenvolvido com os produtos da floresta.
Com o toque especial nas tramas das fibras naturais, entrelaçadas pelas cores de belas fitas coloridas, as artesãs transformam a juta, o cipó titica e o cipó ambé, assim como as sementes da região em chapéus, bolsas, brincos, colares e pulseiras.
Para qualificar e agregar mais valor ao produto, além de bordar, as artesãs aplicam nas peças de vestuário o crochê com um requinte todo especial, deixando-as mais bonitas e delicadas.
Em 2010, quando o Talentos do Brasil lançou a Coleção Passarada, as artesãs tiveram como fonte inspiradora a beleza e a raridade do pássaro bacurau, típico da Amazônia. No detalhe dos bordados e nos acessórios as cores do pássaro teve destaque, como a cor preta, a marrom e o bege.
O Programa Talentos do Brasil tem garantido às artesãs do Grupo Floresta a participação em feiras e eventos de moda nacionais e internacionais. Na edição de 2010 do Salão Prêt-à-Porter, em Paris, na França, foram comercializados vestidos, batas, colares e bolsas para a boutique Last Drop of Gasoline, de Mônaco, todas fabricadas pelo Grupo Floresta.
Criação das peças
A partir da troca de conhecimentos entre as artesãs, estilistas e designers, realizada durante os cursos de capacitação promovidos pelo Programa Talentos do Brasil surgem novas ideias para as coleções. Nas aulas, as artesãs aprendem técnicas de modelagem, de corte e costura, de design, e de mercado. “Com esses cursos aprendemos coisas novas. A partir daí, eu e as meninas (colegas artesãs) desenhamos nossas ideias e decidimos o que devemos produzir ou não”, conta Regiane.
Toda produção do Grupo Floresta é feita a mão, apenas com o auxílio do tear. Os homens retiram a matéria prima bruta da Floresta Amazônica e as mulheres atuam na confecção das peças para as novas coleções. Além disso, as sobras de látex colhido pelos homens para produção de borracha são aproveitadas pelas artesãs na fabricação de delicadas peças de artesanato.
O Programa
O Programa Talentos do Brasil, criado em 2005 por iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), tem como objetivo promover a geração de trabalho e renda baseada na atividade da moda artesanal. Organizada em comunidades rurais, a ação tem como foco a emancipação sustentável, com responsabilidade social, cultural, econômica e ambiental. As duas mil artesãs formam a Cooperúnica, que hoje oferece mais de 1,5 mil produtos em seu portfólio.
Para execução do Programa o governo brasileiro conta com as parcerias do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Programa Texbrasil (ABIT e APEXbrasil) e com os apoios da Agência de Cooperação Alemã (GTZ) e do Ministério do Turismo (MTur).
Para a jovem artesã, Regiane Alves, de 27 anos, coordenadora do grupo, o Talentos do Brasil chegou como um estímulo aos agricultores locais para continuarem o trabalho desenvolvido com os produtos da floresta.
Com o toque especial nas tramas das fibras naturais, entrelaçadas pelas cores de belas fitas coloridas, as artesãs transformam a juta, o cipó titica e o cipó ambé, assim como as sementes da região em chapéus, bolsas, brincos, colares e pulseiras.
Para qualificar e agregar mais valor ao produto, além de bordar, as artesãs aplicam nas peças de vestuário o crochê com um requinte todo especial, deixando-as mais bonitas e delicadas.
Em 2010, quando o Talentos do Brasil lançou a Coleção Passarada, as artesãs tiveram como fonte inspiradora a beleza e a raridade do pássaro bacurau, típico da Amazônia. No detalhe dos bordados e nos acessórios as cores do pássaro teve destaque, como a cor preta, a marrom e o bege.
O Programa Talentos do Brasil tem garantido às artesãs do Grupo Floresta a participação em feiras e eventos de moda nacionais e internacionais. Na edição de 2010 do Salão Prêt-à-Porter, em Paris, na França, foram comercializados vestidos, batas, colares e bolsas para a boutique Last Drop of Gasoline, de Mônaco, todas fabricadas pelo Grupo Floresta.
Criação das peças
A partir da troca de conhecimentos entre as artesãs, estilistas e designers, realizada durante os cursos de capacitação promovidos pelo Programa Talentos do Brasil surgem novas ideias para as coleções. Nas aulas, as artesãs aprendem técnicas de modelagem, de corte e costura, de design, e de mercado. “Com esses cursos aprendemos coisas novas. A partir daí, eu e as meninas (colegas artesãs) desenhamos nossas ideias e decidimos o que devemos produzir ou não”, conta Regiane.
Toda produção do Grupo Floresta é feita a mão, apenas com o auxílio do tear. Os homens retiram a matéria prima bruta da Floresta Amazônica e as mulheres atuam na confecção das peças para as novas coleções. Além disso, as sobras de látex colhido pelos homens para produção de borracha são aproveitadas pelas artesãs na fabricação de delicadas peças de artesanato.
O Programa
O Programa Talentos do Brasil, criado em 2005 por iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), tem como objetivo promover a geração de trabalho e renda baseada na atividade da moda artesanal. Organizada em comunidades rurais, a ação tem como foco a emancipação sustentável, com responsabilidade social, cultural, econômica e ambiental. As duas mil artesãs formam a Cooperúnica, que hoje oferece mais de 1,5 mil produtos em seu portfólio.
Para execução do Programa o governo brasileiro conta com as parcerias do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Programa Texbrasil (ABIT e APEXbrasil) e com os apoios da Agência de Cooperação Alemã (GTZ) e do Ministério do Turismo (MTur).
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